Os Relacionamentos e a Espiritualidade

Já pararam para pensar por que motivo têm a família que têm?
Muitas famílias são conflituosas, têm relações difíceis, desentendimentos, desrespeito, ciúmes, agressões físicas, verbais e psicológicas, sentimentos e acções que causam traumas, mágoas e imensa revolta. Uma tristeza enorme que pode durar uma vida… 
Haverá um motivo para isso? 
Serão os relacionamentos, familiares ou outros, importantes para o cumprimento do nosso propósito de vida?



A grande ferramenta de evolução de que dispomos é o relacionamento humano e o objectivo principal, para além da evolução através da aprendizagem é, independentemente dos comportamentos do outro, manter a harmonia, o equilíbrio e a paz interior. Difícil, dizem vocês.
Muito bem... Se pensarmos em crescimento espiritual, que viemos ao planeta para resgatarmos o nosso carma, isto é, aquilo que precisamos trabalhar e aprender para evoluirmos, que não estamos aqui por mero acaso, fatalidade, sorte ou azar, concluímos que os relacionamentos fazem parte do nosso destino, do caminho escolhido pela nossa alma, por nós, para podermos atingir os objectivos a que nos propusemos antes de reencarnar. Por isso cabe-nos ser totalmente responsáveis pelas nossas escolhas, sejam elas quais forem.
Os laços familiares e relacionamentos em geral têm muito de carma. Eles podem encorajar ou inibir a nossa personalidade, os dons e talentos que trazemos. Deles vêm as primeiras lições, valores, apoio, protecção, rejeição, afectos e desafectos e toda a importante nutrição alimentar e emocional que vai moldar a nossa personalidade e juntar toda a bagagem que nos vai auxiliar nesta nova caminhada. 
E há carmas verdadeiramente difíceis e complicados, que muitas vezes fazem questionar o que se terá feito na outra vida para merecer isto… (hoje em dia há varias terapias que podem dar resposta ou ajudar a superar tais carmas).
Entre familiares se estabelecem, muitas vezes, relacionamentos complexos de almas que se tornam companheiras evolucionais. Encarnação após encarnação elas vão se revezando nos diferentes papéis de pai, mãe, filho, irmão e outros que formam a família física, resgatando e trabalhando os vários vínculos cármicos. Tudo depende dos acordos que estabelecermos com essas almas antes de reencarnamos. 



Dentro do ventre da nossa mãe, por cerca de nove meses, um corpo é construído, célula a célula, órgão a órgão, com as particularidades físicas, genéticas e emocionais dos nossos antepassados. Características físicas, traços do rosto, cor de pele, cabelos, defeitos, deficiências e doenças congénitas, goste-se ou não, foram escolhas nossas e fazem parte do nosso carma e da condição para evoluirmos mais rapidamente.
Entre pessoas que se relacionam são formados laços energéticos invisíveis que podem já existir de outras vidas, ligam os nossos corpos subtis e vão-se fortalecendo com o tempo e com a qualidade da relação. 
Relatos de Terapia de Vidas Passadas, mostram pacientes sob hipnose ou relaxamento induzido, que têm acesso a memórias do período “entre vidas” e dizem ter reencarnado para reencontrar determinada alma com quem teve relacionamento de pai, mãe, filho, amigo, amante, etc. Isto pode explicar como e porque se formam simpatias e antipatias,  que marcam muitas relações familiares e/ou outras. Acontecem casos até de “inimigos íntimos” que encarnam como irmãos gémeos para tentar resolver um conflito e fazer as pazes definitivamente, com a ajuda dos laços familiares. Também acontece almas se amarem tanto que vêm como gémeos para fazerem a mesma caminhada, no mesmo seio familiar e assim evoluírem lado a lado. Muitos nascem para ajudar os familiares a mudar a sua concepção de mundo e de vida ou para serem tratados, protegidos e amparados por estes. Nesta situação, são mestres com 
lições muito específicas. É o caso de crianças que nascem com, ou passam a ter, necessidades especiais. Trazem muita aprendizagem de amor, paciência, aceitação, desapego e compaixão, para pais, irmãos, avós e outros. 

Assim, quando nos deparamos com uma situação negativa com algum dos nossos relacionamentos, o ideal será vê-la como uma oportunidade para testar o nosso verdadeiro amor pelos outros, aceitando a outra pessoa como ela é, com os seus defeitos e qualidades. Por muito difícil que nos seja, por muito que nos custe (porque se vive com muita intensidade a experiência humana) só assim chegaremos à verdadeira Mestria, o Grande Objectivo da nossa Missão em todas as reencarnações vividas.
Hoje, colhemos o resultado do que escolhemos ontem e plantamos o que colheremos amanhã. E a vida é feita de um eterno escolher, colher, escolher, colher... 



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